quinta-feira, 7 de março de 2013

Elites desesperadas golpeiam direitos humanos

                    Acabei de constatar, estarrecida, que o deputado  Pastor Marco Feliciano ( O nome dele sempre aparece com Pastor à frente, como se fosse um título,  e olha,  não sou eu que vou tirar o título do homem) vai presidir à comissão de direitos humanos da câmara . É de se ver as pérolas que são os  discursos dele: homofóbico assumido, me saiu com os argumentos mais disparatados para defender seus pontos de vista retrógrados. É raro um tamanho monumento à burrice. Não é que o homem foi aprovado  para Presidente da Comissão de direitos humanos? Ele não tem a menor noção do que vem a ser  direitos humanos.
                   Mas  no fundo dessa lama toda,  há uma boa notícia.  Postaram no facebook ( Minha amiga Creuza S. Figueira)  um pronunciamento do deputado  Domingos Dutra insurgindo-se contra a nomeação de Marco Feliciano  e  comunicando sua renúncia à presidência. Neste pronunciamento Domingos Dutra cita uma série de conquistas e  lutas desta comissão onde   são  defendidos  direitos de várias comunidades tradicionalmente excluídas na sociedade brasileira ( negros, índios, gays, prostitutas, ateus, adeptos dos cultos dos Orixás, quilombolas, perseguidos da ditadura militar etc). A boa notícia? Pode ser que eu esteja sendo otimista demais, mas eu parto do seguinte princípio: Não foi essa nomeação um ataque? Com certeza foi, uma vez que a precariedade  do  "não pensamento" de Marco Feliciano  não passou despercebida de toda a Câmara.  Vai  ver que, no desespero para destruir algo que estava sendo eficaz, certeiro e produtivo, investiram logo em algo totalmente desarticulador e desagregador para que não restasse nenhuma esperança  de questionamentos que incomodassem   os fortes interesses elitistas que vigoram  no Brasil.
                  É, desta vez os direitos humanos levaram uma traulitada segura e provavelmente vai ser difícil segurar o baque. De ganho ficou o alerta do quanto  um movimento pró direitos humanos é importante. Acho que serve para todos nós que andamos perdidos e confusos, querendo  ajudar  na melhora do Brasil e sem  contar com uma boa proposta. Talvez direitos humanos seja uma bandeira bastante profícua para o Brasil.

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