sábado, 2 de abril de 2011

carrinho de rolimã

Na ladeira do São Carlos
sobe e desce repetido
no cem vezes carregado
o pó do chão  gruda
a sujeira suada
na carinha moleca
nas  mãos  ligeiras
soltando cordas
balançando nervos
libertando o medo
despencando na ladeira
o destino viaja ele
num carrinho de rolimã
na ladeira do São Carlos?
o destino se queda tanto
de viajar como louco
num vôo desatinado
num carrinho de rolimã
na ladeira do São Carlos
nas asas das crianças
talvez seja átomo louco
excitando muitas órbitas
num  confiante rasante
num exercício calculado
e no fim precipitado
com mestria e acuidade

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