terça-feira, 9 de agosto de 2011

Conhecendo a famosa geração beat

                   Chegou a hora de começar a ler os livros da chamada  geração beat. Comecei com algumas  entrevistas  concedidas  por Jack Kerouac,  Allen Ginsberg e  William Burroughs. Pelo que entendi  eram amantes  da autenticidade. Pessoas  que gostavam  de sair por aí, fazendo  o que julgavam significativo. Davam porrada  nos valores  conservadores. Contribuíram para chacoalhar os costumes.
                   Até onde eles foram com aquelas experiências  místicas? Allen Ginsberg relata estados de consciência  alterados. Algumas viagens nas fronteiras da percepção. sintonizando sensações  além do ego. Hoje em dia,  o contexto está mais propício para que estas experiências encontrem  suas iguais.  São vivências  que podem ser amparadas  por grupos  que já aprenderam  a  canalizar  esse material  para  experiências interessantes com o Self. Hoje há mais chance para que este material seja significado por seus sujeitos.Campo fértil  em possibilidades  de cura,  individual e coletiva. Hoje em dia, rende até  "propostas concretas". Mas eles?  Bem, acho que eles  eram meio(senão de todo) anti-proposta.
                   Já me agradei do espírito de busca deles. Bacana,  pessoas comuns  só querendo viver e serem elas mesmas. Sensíveis e subjetivos, não quiseram fórmulas  e propostas para salvar o mundo. Nem  grandes, nem pequenos, cada um do seu tamanho. Nem santos, nem políticos, nem líderes carismáticos, nem ideólogos de plantão. Bom. muito bom.
                   As entrevistas cheiram a gente, pessoas comuns. Me vem à cabeça, uma imagem de força cinética. Ginsberg meio descabelado passeando por uma  rua  qualquer. Calça jeans, largadão, de tênis ou sandália. Com um gingado no corpo. Será que ele tinha gingado?  Não, provavelmente não. Mas não era rígido. Acho que não. Talvez um andar  meio de pantera cor de rosa, meio trôpego. Cara na poeira e na vida,  porque  não há outro jeito e enfim,  a gente acaba gostando.
                  Por enquanto tudo isso é palpite. Só li as entrevistas. Vou ler os romances e os poemas.

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